Agosto Laranja: entenda a esclerose múltipla em 4 passos

A conscientização da Esclerose Múltipla (EM) é comemorada no dia 30 de agosto, mas as atividades para informar a população sobre a doença acontecem durante todo o mês. O “Agosto Laranja”, como é conhecido esse período, desmistifica a patologia que atinge cerca de 35 mil brasileiros, segundo estimativa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM).
Pouco conhecida pelo público, os sinais da EM podem ser facilmente confundidos e negligenciados no começo: fadiga intensa, fraqueza muscular, dormência dos membros, alteração do equilíbrio da coordenação motora, entre outros. Médicos e especialistas ainda não conseguiram desvendar a causa nem a cura da doença, mas têm desenvolvido tratamentos cada vez mais efetivos para dar qualidade de vida aos portadores.
Entenda mais sobre a Esclerose Múltipla a seguir:

Como a esclerose múltipla age?
A EM é uma doença auto-imune, inflamatória e crônica que ataca o sistema nervoso central. O sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo contra microoganismos e substâncias nocivas, começa a enxergar células saudáveis como “intrusas” e passa a atacá-las, provocando inflamações na capa protetora dos neurônios, chamadas bainha de mielina.
A mielina protege a parte do neurônio responsável por transmitir os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa. Quando a bainha sofre com as inflamações, a comunicação entre o cérebro, cerebelo, medula espinhal com o resto do corpo, fica comprometida e os surtos – períodos em que o paciente sente os sintomas – aparecem.

Quais os sinais da EM?
Os primeiros surtos mostram sinais como dormência em membros, visão turva, dificuldade no controle da urina, entre outros. Mas desaparecem dentro de uma semana. Os próximos episódios podem acontecer dentro dos próximos meses e com maior intensidade: fadiga, desequilíbrios  frequentes, dificuldades para falar e engolir.
As inflamações na mielina provocam a deterioração da mesma e pode se agravar com a perda ou atrofia da massa cerebral. Assim, o sistema nervoso fica cada vez mais comprometido e, em casos mais graves, pode debilitar o paciente por completo.
É importante não negligenciar pequenos sintomas para que o diagnóstico possa ser feito com maior rapidez e o tratamento adequado seja feito.
Os diversos tipos de EM
A doença se manifesta com diferentes intensidades nos pacientes. Quando os surtos acontecem de maneira súbita e desaparecem sem deixar muita ou nenhuma sequela no portador, ela é classificada como remitente recorrente ou surto remissão.
Uma forma um pouco mais agressiva, a esclerose múltipla primária progressiva, apresenta evolução nos sintomas e sequelas desde o primeiro surto. Por fim, a terceira classificação da EM, chamada de progressiva secundária, apresenta surtos recorrentes, mas que pioram lenta e progressivamente. Identificar o tipo da doença auxilia na escolha de tratamento mais adequado.

Novas opções de tratamento
Cientistas ainda não conseguiram desvendar as causas da doença e estimam que fatores ambientais e até genéticos possam estar envolvidos no desencadeamento da esclerose. Enquanto este mistério não é resolvido, as pesquisas avançam na área de tratamento para quem sofre de EM.
Existem diversos tipos de terapias com medicamentos que atuam em frentes distintas: atenuar as inflamações no mielina e aumentar o espaçamento entre os surtos (imunomoduladores); reduzir a atividade imunológica (imunossupressores); administração de altas doses medicação em período curto para controle de surtos (pulsoterapia). A maioria dos remédios são distribuídos gratuitamente pelo SUS.
Além disso, a neurorreabilitação é um grande aliado no tratamento da esclerose múltipla. Terapias com psicologia, neuropsicologia, fisioterapia, arteterapia, fonoaudiologia, fisioterapia, neurovisão e terapia ocupacional auxiliam na redução de espasmo, fadiga, depressão entre outros sintomas.

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